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Cenário Atual do Cliente e Negócio

1.1 Introdução ao Negócio e Contexto

O setor de turismo é um complexo e dinâmico segmento da economia global, englobando todas as atividades relacionadas à viagem, hospedagem e lazer de indivíduos que se deslocam para fora do seu ambiente habitual. Mais do que uma simples movimentação de pessoas, o turismo é um poderoso motor econômico, responsável por impulsionar a geração de empregos, fomentar o comércio local e aumentar significativamente a arrecadação de receitas em destinos ao redor do mundo. Nesse contexto, emerge a ideia de explorar a otimização da experiência turística e o bem-estar dos visitantes. Considerando que o turismo é a principal atividade econômica em várias cidades brasileiras, a concepção de uma ferramenta digital que possa oferecer orientação sobre atrativos locais e rotas personalizadas para esse público ganha relevância. O Touristeer atuaria nesse cenário exercendo um papel em alinhar a personalização e preferências dos usuários com os serviços de turismo oferecidos.


1.2 Identificação da Oportunidade ou Problema

Este projeto surge do contexto em que muitos viajantes se frustram com a rigidez dos serviços oferecidos ao não atenderem suas expectativas. Essa rigidez foi analisada, revelando causas que reforçam a passividade dos turistas diante de situações desagradáveis. Como resultado, a insatisfação e frustração tornam-se comuns, prejudicando a exploração das atividades disponíveis, evidenciando a importância de serviços mais personalizáveis.

A figura abaixo apresenta um levantamento feito em 2023 contendo a faixa etária de preferências dos viajantes em relação ao uso de pacotes de viagens. Tabela de experiênicas negativsa

Referências
  • MEDEIROS, S. A. DE; GOSLING, M.; VERA, L. A. R. Emoções em Experiências Negativas de Turismo: um estudo sobre a influência na insatisfação. Revista Turismo em Análise, v. 26, n. 1, p. 188–215, 1 mar. 2015.
  • Ambiente externo: normas e regulamentações no setor de turismo restringem a adaptação às preferências individuais, enquanto mercados tradicionais continuam a priorizar pacotes fixos e inflexíveis.
  • Métricas inadequadas: há uma falta de indicadores que acompanhem a demanda por personalização e controle limitado sobre alterações em roteiros.
  • Materiais utilizados: o uso de guias turísticos impressos com informações fixas e frequentemente desatualizadas, além de uma integração insuficiente com bases de dados dinâmicas.
  • Métodos e processos de trabalho: problemas como a centralização dos planejamentos e reservas seguem estruturas padronizadas com pouca margem para alterações.
  • Operadores de turismo: foco excessivo em pacotes tradicionais e falta de treinamento adequado para adaptar roteiros às preferências dos turistas.
  • Infraestrutura tecnológica: ainda é insuficiente para oferecer ferramentas que possibilitem personalização em tempo real. A ausência de aplicativos intuitivos e plataformas dinâmicas dificulta o planejamento e a execução de roteiros personalizados.

Esse conjunto de fatores reforça a passividade dos turistas, que frequentemente se veem presos a roteiros pré-estabelecidos e com pouca liberdade para planejar ou explorar suas viagens de acordo com seus próprios interesses. Como resultado, a insatisfação e a frustração tornam-se comuns, prejudicando o aproveitamento pleno das experiências de viagem e evidenciando a necessidade de soluções mais flexíveis e personalizáveis.


A figura, a seguir, apresenta o diagrama de Ishikawa contendo as causas (organizadas pelos 6M’s) e o problema do cliente.

Diagrama de Ishikawa

1.3 Desafios do Projeto

Desafio de Integrar Fontes Locais de Turismo

Informações sobre pontos turísticos, eventos e atrações culturais estão dispersas entre sites municipais, blogs, redes sociais e plataformas desatualizadas. A ausência de uma base centralizada e confiável compromete a oferta de dados em tempo real dentro do aplicativo. Essa fragmentação dificulta a entrega de sugestões precisas ao usuário, afetando negativamente sua experiência e a confiança no serviço.

Dificuldade em Criar Rotas Turísticas Relevantes e Personalizadas

Ao contrário de aplicativos tradicionais de navegação, que priorizam rotas rápidas, o Touristeer precisa considerar múltiplos fatores, como interesse turístico dos pontos, avaliações de usuários, acessibilidade e tempo disponível. O desafio está em transformar essas variáveis em rotas otimizadas e culturalmente sensíveis, exigindo um alto grau de inteligência contextual e técnica.

Competição com Grandes Aplicativos de Navegação

O Touristeer será lançado em um cenário dominado por plataformas consolidadas como Google Maps e Waze, amplamente utilizadas também por turistas. O desafio está em se diferenciar não como mais uma ferramenta de navegação, mas como uma solução voltada exclusivamente para turismo inteligente. Isso exige foco em roteiros curtos, integração com a cultura local e economia de tempo e recursos para o usuário.


1.4 Segmentação de Clientes

A análise do comportamento dos viajantes revela que uma parcela significativa dos entrevistados que optam por serviços de agências de viagem (24,9% do total) pertence a faixas etárias mais experientes. Especificamente, observa-se uma maior adesão a esses serviços tradicionais entre os grupos de 45 a 59 anos (33,9%) e aqueles com 60 anos ou mais (19,3%), indicando uma preferência por intermediários convencionais.

A figura abaixo apresenta um levantamento feito em 2023 contendo a faixa etária de preferências dos viajantes em relação ao uso de pacotes de viagens. Imagem faixa etária

Referências
  • CEDEÑO, K. Quem é o público que compra das agências de viagens? Estudo revela. Disponível em: https://www.panrotas.com.br/agencias-de-viagens/mercado/2023/08/quem-e-o-publico-que-compra-das-agencias-de-viagens-estudo-revela_198925.html.

Nesse contexto de mercado, o Touristeer, direciona sua estratégia para uma faixa etária complementar: os jovens adultos, que compreendem o público de 16 a 44 anos. Esta segmentação é justificada pela percepção de que esses grupos demográficos (16-24 anos com 11,0%, 25-34 anos com 18,3% e 35-44 anos com 17,4% de uso de agências) demonstram uma menor dependência dos serviços convencionais de agências de viagem. Essa característica indica um potencial significativo para soluções digitais que ofereçam autonomia e personalização na exploração de destinos.

Histórico de Versão
Data Versão Descrição Autor Revisores
07/04/2025 1.0 Definição do produto e projeto Todos os integrantes do grupo Todos os integrantes da equipe
09/04/2025 1.2 Reescrita do tópico 1.2 Rodrigo Amaral Todos os integrantes da equipe
20/04/2025 1.3 Reescrita dos tópico 1.1 e 1.2 Samuel Afonso Gabriel Soares
21/04/2025 1.4 Reescrita dos tópico 1.3 e 1.4 Gabriel Soares Leonardo Sauma
21/04/2025 1.4 Alteração no tópico 1.1 Rodrigo Amaral Leonardo Sauma
26/05/2025 1.5 Alteração nos tópicso 1.1, 1.2 e 1.4 Rodrigo Amaral Samuel Afonso